A Semiótica é uma disciplina da antiguidade Grega usada na medicina e utilizada para diversas áreas, com destaque na arte, e ganhou grandes repercussões ao longo dos séculos. Estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação.
Lida com os conceitos e ideias, estuda como estes mecanismos de significação se processam natural e culturalmente. Ao contrário da linguística, a semiótica não reduz suas pesquisas ao campo verbal, expandindo para qualquer sistema de signos: Artes visuais, Música, Fotografia, Cinema, Moda, Gestos, Religião, entre outros.
Muitos códigos têm sido estabelecidos dentro das sociedades humanas, destacando-se como os mais importantes os códigos da língua (falada e escrita) e os códigos não verbais (movimentos e posturas do corpo, aparência física, fatores ambientais e etc); a criação dos signos não verbais foi anterior à criação dos signos verbais, sendo as duas formas de comunicação inseparáveis.
A semiótica tem a sua origem na mesma época que a filosofia e disciplinas afeitas. Da Grécia até os nossos dias tem vindo a desenvolver-se continuamente. Porém, posteriormente, há cerca de dois ou três séculos, é que se começaram a manifestar aqueles que seriam apelidados pais da semiótica (ou semiologia). Assim, podem retroceder a pensadores como Platão e Santo Agostinho, por exemplo. Entretanto, somente no início do século XX com os trabalhos de Ferdinand de Saussure e Charles. S. Peirce, o estudo geral dos signos começa a adquirir autonomia e o status de ciência.
Assim como a linguagem oral e escrita, as imagens têm desempenhando um papel importante na comunicação, a análise das imagens torna-se crucial para um melhor entendimento que é expresso na linguagem pela escolha de diferentes classes de palavras e estrutura Semiótica, nas comunicação visual é expresso pelos diferentes usos de cores ou diferentes estruturas de composição.
Os significado são criados, distribuídos, recebidos, interpretados e recriados na interpretação por meios de variados modos de comunicação e representação , não apenas a linguagem verbal.
Todos os atos comunicacionais são constituídos por meio do social. Imagem e outros modos semióticos têm um papel específico em um contexto específico em determinado momento.
A teoria semiótica permite-nos captar a força da comunicação pela imagem, apontando-nos essa circulação da imagem entre semelhança, traço e convenção.
A qualidade da consciência imediata é uma impressão (sentimento) invisível, não analisável, frágil. Semiótica é a doutrina dos signos, tendo por objeto o estudo da natureza, tipos e funções de signos. Devido aos desenvolvimentos das últimas décadas na linguística, filosofia da língua e semiótica, o estudo dos signos ganhou uma grande importância no âmbito da teoria da comunicação.
Um signo é qualquer elemento que seja utilizado para exprimir uma dada realidade física ou psicológica; nesta relação, o primeiro funciona como significante em relação à segunda, que é o significado.
Os signos fornecem os meios para definir tudo aquilo que apreendemos através dos sentidos, bem como o que pensamos, sabemos, desejamos ou imaginamos; os signos permitem a conceptualização (a formação de uma ideia sobre uma realidade não presente), influenciam fortemente o comportamento humano, bem como a nossa percepção do mundo (sendo provável até que estejam na origem do ato de pensar). Cada comunidade desenvolve os seus sistemas de signos e respectivos códigos, por forma a viabilizar a comunicação entre os seus membros; à medida que se vai subindo na cadeia biológica as necessidades de comunicação vai-se intensificando, o que se reflete em sistemas de signos e códigos de comunicação cada vez mais sofisticados.
A palavra chave deste conceito é ocorrência, o conceito em ação. É uma atualização das qualidades.
É importante referir que um signo, é qualquer coisa que está em determinado aspecto ou a qualquer título (que é considerado representante ou representação da coisa, do objeto ou da matéria física) e, por último, a interpretação do objeto que mantém uma relação de proximidade sensorial ou emotiva entre o signo, através da qual representamos e interpretamos o mundo.
O símbolo, é um signo que se refere ao objeto que denota em virtude de uma lei, uma associação de ideias gerais que opera no sentido de fazer com que o símbolo seja interpretado como se referisse aquele objeto.
A singular entidade psíquica de duas faces cria uma relação entre um conceito (o significado) e uma imagem acústica (o significante).
Uma categoria que está no nível dos significados ideacional, mas que está ligado diretamente ao representacional é o Estilo. São aspectos discursivos do modo de ser, a nossa identidade está parcialmente relacionada ao modo como falamos, escrevemos, olhamos ou nos movemos.
Os estilos estão associados à identificação por meios da linguagem verbal, ou por imagens, enfatizando o processo de identificação. A expressão de uma imagem,como modo semiótico produz significados, com todos os seus elementos de composição, exerce grande influência na construção de representações sociais.
Somos consumidores de imagens, daí a necessidade de compreendermos a maneira como a imagem comunica e transmite as suas mensagens. No contexto humano, pessoas emitem sinais para infinitas direções: modo de vestir, a maneira de falar, de andar e aparência em geral. São todos esses, e muitos mais, sinais que estão prontos para significar.
Todas as ciências e todas as artes atuam com símbolos. O símbolo tem o poder de sintetizar todas as forças instintivas e espirituais dentro do inconsciente e da consciência, numa expressão sensível.
Símbolos arquétipos são conjuntos simbólicos gravados no inconsciente, como estruturas organizadoras de memórias emocionais, transmitidas filogeneticamente que se manifestam como psiquismo universal, consciência coletiva.
“A semiótica é um saber muito antigo, que estuda os modos como o homem significa o que o rodeia”
Maria Eduarda Campagna e Rodrigo Banqueri
FONTE: www.redevisagismo.com.br